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O CONSEA Ceará, através deste blog, traz informações sobre Segurança Alimentar e Nutricional. Lembramos que as informações aqui postadas não refletem necessariamente a opnião deste Conselho.

4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Consea lança campanha para incluir direito à alimentação na Constituição

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Mobilizar movimentos sociais, governos, personalidades públicas e artistas para pedir a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 47, que inclui a alimentação entre os direitos sociais estabelecidos no Artigo 6º da Constituição. Esse é o objetivo da campanha proposta pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), na reunião plenária deste mês.
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A PEC, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE), está em tramitação desde 2003.
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Na reunião do Consea, foram apresentadas as primeiras estratégias para a campanha, como abaixo-assinado, lançamento do documentário "Garapa", de José Padilha, e divulgação na mídia.
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Além dos conselheiros, participaram do debate o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananinas, o deputado Nazareno Fonteles, o representante regional da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para América Latina e Caribe, José Graziano da Silva, o assessor especial da Secretaria Especial de Direitos Humanos Ivair dos Santos e o secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Crispim Moreira.
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"Precisamos colocar a alimentação no campo dos direitos fundamentais", defendeu o ministro Patrus Ananias. O ministro avalia que já há uma compreensão sobre o tema, no País. "Há um sentimento no País de que nós não podemos mais conviver com a fome". Segundo ele, no entanto, é importante garantir a sua institucionalidade. "A alimentação é um direito permanente, não pode depender da boa vontade das pessoas, por mais que nós queiramos essa boa vontade, por mais que seja importante esse espírito de compaixão, solidariedade", completou.
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O deputado Nazareno Fonteles avalia que há condições para que a PEC seja aprovada até outubro, quando é comemorado o Dia Mundial da Alimentação. "Os deputados precisam ser sensibilizados. Temos que conquistar corações e mentes, com vontade, com compromisso. A paixão na defesa do direito humano à alimentação tem que tocar nossos corações tão fortemente que a gente vença o desafio", afirmou.
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Fonteles ressaltou que o direito à alimentação ainda precisa ser assegurado. "Acho que o direito mais básico, o direito à alimentação, ficou adormecido, tanto é que o constituinte esqueceu. Vinte anos depois da Constituinte, 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, nós não temos com clareza esse direito operando no cotidiano".
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Para Valéria Burity, consultora da Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos (Abrandh), entidade que integra o Consea, um dos principais ganhos com a aprovação da proposta será político. A campanha em si, que o Consea está lançando, é extremamente louvável porque não basta o mero reconhecimento legal para que o direito seja efetivo", explicou. "Uma mobilização já é um estímulo para fazer com que essa norma, quando ela for aprovada, tenham uma chance muito maior de efetividade do que qualquer outra".
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A coordenação da campanha será feita em parceria pelo Consea, Frente Parlamentar da Segurança Alimentar e Nutricional, fóruns, redes e movimentos ligados à temática. O movimento deve procurar a adesão de organizações, como Ordem dos Advogados do Brasil, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e sindicatos.
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Fonte: Assessoria de Comunicação do CONSEA

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